segunda-feira, 29 de outubro de 2012

A Sombra da Luz


Talvez eu nunca diga olhando em seus olhos o quanto eu te amo
Talvez eu nunca mais veja o sorriso em sua face
Seus cabelos ao vento
Seu corpo em uma noite de inverno sob meu toque
Talvez a última vez em que vi o brilho de seus olhos ele estivessem perdidos
Perdidos e molhados pela suave agressão do desespero
O escorrer de um líquido desconhecido
Observando ao longe algo que eu não posso ver
Quem sabe nosso antigo amor
Nossa antiga vivência corrompida por uma densa cortina
Negra como a tempestade que se aproxima
Porém ainda sinto nosso amor
Nossa felicidade
Sorrisos
Nossas vozes nos dias em que estivemos sentados sob as estrelas vendo o nascer da lua
Nos dias em que estivemos procurando nas nuvens tudo o que sentimos
E mesmo não estando lá
Nos fazíamos as formas
Nós podíamos vencer exércitos
Pois juntos somos a maior força que já se viu
Capaz de vergar o próprio tempo
Capaz de correr pelas dimensões e encontrar um mundo só nosso
Onde cada instante é mais que a eternidade
É o único cantar dos pássaros que ouvem nossas vozes e cantam nossos sentimentos
Cantam a vida que apenas nós podemos desfrutar
Cantam aqueles dias que estão sempre conosco
Sempre nos fazendo lembrar que já vivemos os melhores instantes do universo
E agora passamos pelos buracos negros
Somos tragados por algo que momentaneamente nos fez esquecer daquele tempo onde nada era imperfeito
Nós fazíamos a perfeição
Contudo este instante não será eterno
As trevas são apenas um caminho
E no fim desse  destino
Já posso vislumbrar a saída
Coroada por algo ainda mais surpreendente  do que tudo o que já passamos
Nós mesmo no amanhã
Com nossas vidas unidas pelas trevas que passaram e desfrutando com toda a intensidade
A luz que nos foi dada.

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