quarta-feira, 28 de março de 2012

Alguns ditados populares e suas devidas correções

Dito Popular: “Quem tem boca vai a Roma”.
O correto seria:
“Quem tem boca vaia Roma”. (do verbo vaiar).

Dito Popular:
“Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho carpinteiro”.
O correto seria:
“Esse menino não pára quieto, parece que tem bicho no corpo inteiro”.

Dito Popular:
“Batatinha quando nasce, esparrama pelo chão”.
O correto seria:
“Batatinha quando nasce, espalha a rama pelo chão”.

Dito Popular:
“Cuspido e escarrado”. (alguém muito parecido com oura pessoa).
O correto seria:
“Esculpido em carraro”. (tipo de mármore).

Dito Popular:
"Quem não tem cão, caça com gato".
O correto seria:
"Quem não tem cão, caça como gato". (ou seja, sozinho, esgueirando, astutamente, traiçoeiramente).

Veja a história de alguns ditados populares:

Água mole em pedra dura tanto bate até que fura
Significado:
A expressão louva a persistência como virtude que vence a dificuldade, ou seja, insista que você consegue.
Histórico:
Há registro de dois milênios em Ovídio (43 a.C.-18 d.C.), poeta latino, autor de A arte de amar e Metamorfoses: “A água mole cava a pedra dura.” É tradição de várias culturas formar rimas nesse tipo de oração para facilitar a memorização. Foi o que nós, de língua portuguesa, fizemos com o provérbio.

O pior cego é o que não quer ver
Significado:
Diz-se da pessoa que não quer ver o que está bem na sua frente. Nega-se a ver a verdade.
Histórico:
Em 1647, em Nimes, na França, na universidade local, o doutor Vicent de Paul D'Argenrt fez o primeiro transplante de córnea em um aldeão de nome Angel. Foi um sucesso da medicina da época, menos para Angel, que assim que passou a enxergar ficou horrorizado com o mundo que via. Disse que o mundo que ele imagina era muito melhor. Pediu ao cirurgião que arrancasse seus olhos. O caso foi acabar no tribunal de Paris e no Vaticano. Angel ganhou a causa e entrou para a história como o cego que não quis ver.

Salvo pelo gongo
Significado:
Escapar de se meter numa encrenca por uma fração de segundos.
Histórico:
O ditado tem origem na Inglaterra. Lá, antigamente, não havia espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados para o ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz.

Só que, às vezes, ao abrir os caixões, os coveiros percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo (catalepsia – muito comum na época). Assim, surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino. Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento do braço faria o sino tocar. Desse modo, ele seria salvo pelo gongo.

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